CIÊNCIA PALEONTOLÓGICA

 TÚNEL PRÉ-HISTÓRICO NO RIO GRANDE DO SUL CHAMA ATENÇÃO DE CIENTISTAS

Fotos: RBS TV 

O Rio Grande do Sul invariavelmente têm aparecido nas manchetes como destaque no cenário paleontológico brasileiro. Muitas são as descobertas e evidências que constrói a história da ciência como uma luz que surge a cada descoberta, unindo o passado e o presente, bem como suas origens. A mais recente descoberta foi no município gaúcho de Santana do Livramento em uma vinícola onde uma caverna escondia vestígios da fauna há milhares e milhares de anos.  

Na zona rural do município, escavado em meio aos paredões de pedra, o túnel parece ter sido construído por mãos e mentes humanas. No entanto, paleontólogos apontam que essa formação rochosa, conhecida como paleotoca, pode ter sido abrigo e habitat de animais gigantescos que ocuparam a região há pelo menos 11 mil anos. Exemplares de uma fauna extinta, como a preguiça-gigante, mas que continua a fascinar e intrigar cientistas.

A paleontóloga Ana Maria Ribeiro, do Museu de Ciências Naturais do Rio Grande do Sul, que faz parte de uma equipe multidisciplinar que está investigando a paleotoca, atualmente situada no terreno de uma vinícola da região destaca a importância da visita científica mais recente ao local no início deste ano, com o intuito de melhor mapear o túnel e coletar mais vestígios da presença dos animais que passaram e viveram no espaço.


Desenho científico de preguiça-gigante do gênero Glossotherium. Crédito: Renato Lopes/Projeto Paleotocas/Divulgação


Esses xenartros (mamíferos originários da América do Sul) de grande porte, como a preguiça-gigante, que tinham formas que podiam alcançar até cinco, seis metros de altura. Poderiam ser os ungulados, esses antigos parentes e de grande porte dos tatus, seriam os tatus gigantes. Mas a gente não pode descartar também a possibilidade de ser algum carnívoro", entende a pesquisadora ao considerar que tipo de animal pode ter originado a caverna pré-histórica.


Vinícola prepara rota turística voltada ao túnel pré-histórico

Guardiã desse achado paleontológico, a vinícola gaúcha investe agora na construção de um caminho turístico na propriedade que proporcione aos seus frequentadores a visita ao sítio pré-histórico. Uma experiência que vai aliar enoturismo, história e conservação.

A mais recente descoberta integra os mais recentes índices de pesquisa que apontam para mais de mil paleotocas já foram descobertas no Rio Grande do Sul.

Fonte: www.tempo.com

Reportagem: João Cunha